Diabetes Mellitus é uma doença metabólica que se caracteriza pelo elevado nível de açúcar no sangue (hiperglicemia), seja pela deficiência na produção de insulina, ou seja pela incapacidade desse hormônio de metabolizar, adequadamente, à glicose.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com cerca de 16,8 milhões de portadores entre 20 e 79 anos.
Quem tem diabete tipo 1 (5% a 10% dos casos), precisa fazer uso diário de insulina por via injetável. Já os portadores de diabetes tipo 2 apresentam resistência à atuação da insulina no organismo e costumam tomar medicamentos orais para regularizar a taxa de glicemia. Em ambos os casos, é preciso ter o acompanhamento de um especialista ao longo da vida, para controle da doença, que está relacionada ao aumento do risco de infarto e problemas cardíacos, insuficiência renal, diminuição da visão, acidente vascular cerebral (AVC), entre outras complicações, inclusive a infertilidade.
Os problemas com a concepção podem surgir quando a diabete está descompensada, ou seja, quando não é tratada adequadamente. Por isso, para reforçar a conscientização sobre a doença (26 de junho – Dia Nacional do Diabetes), vamos falar sobre os problemas de infertilidade mais comuns e o que fazer para aumentar as chances de uma gravidez natural.
NAS MULHERES: a resistência à insulina provoca desequilíbrios hormonais. Um dos sintomas mais comuns é a irregularidade nos ciclos menstruais. A chegada precoce da menopausa é outro fator associado possível e, caso a mulher consiga engravidar, há maior risco de partos prematuros e abortos espontâneos. As mulheres que necessitam de insulina podem ter problemas em órgãos reprodutivos, como os ovários e em suas funções endócrinas, podendo apresentar aumento dos hormônios masculinos e ovários policísticos, o que dificulta ainda mais a gravidez.
NOS HOMENS: a doença pode alterar a produção de testosterona, afetando não só a libido como as chances de desenvolver disfunção erétil, a quantidade e a qualidade dos gametas masculinos – como a piora na motilidade dos espermatozoides, a diminuição do volume do sêmen e a ejaculação retrógrada. Homens diabéticos também podem apresentar problemas de fragmentação de DNA espermático, o que poderá acarretar falhas na implantação, aumento do risco de abortos e alterações genéticas – (má-formação embrionária).
E o diagnóstico de pré-diabetes, também preocupa?
Sim. Embora não façam uso de medicamentos, esses pacientes que apresentam elevados níveis de açúcar no sangue, no limite para desenvolver diabetes, precisam de mudanças efetivas no estilo de vida. Reeducação alimentar, atividade física e abandono dos hábitos de risco – como tabagismo e consumo de álcool – são as principais recomendações para evitar que a doença se desenvolva.
E quem deseja engravidar, precisa fazer o quê?
Diabetes é uma doença crônica, ou seja, de lenta progressão e incurável. Mas é possível alcançar a sua remissão, desde que o tratamento adequado seja seguido. Lembre-se: quanto antes o diabetes for tratado, menor o risco de desenvolver problemas metabólicos que interfiram na fertilidade.
Fazer uso da medicação prescrita, praticar atividade física regularmente, evitar o consumo de álcool, não fumar e cuidar da alimentação são as recomendações para manter a doença sob controle. Se, ainda assim, o casal tiver dificuldade para engravidar (após 12 meses de tentativas, sem uso de preservativos, ou qualquer método contraceptivo), recomenda-se buscar a ajuda de um especialista em Reprodução Humana. Esse médico pedirá exames específicos para investigação da fertilidade, podendo orientar sobre as possibilidades de tratamentos em Reprodução Assistida, como a Fertilização In Vitro (FIV).
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