Tratamentos para engravidar

Fertilização In Vitro Clássica (FIV)

A FIV é um tratamento de Reprodução Assistida muito conhecido que foi realizado com sucesso pela primeira vez no final da década de 70. Desde então, ajuda milhares de casais que desejam ter filhos e não conseguem engravidar naturalmente.

A FIV é uma técnica que seleciona os melhores gametas femininos (óvulos) e masculinos (espermatozoides) para que sejam fecundados em laboratório, com a finalidade de gerar embriões saudáveis. Após o desenvolvimento dos embriões, estes são transferidos para o útero da mulher para que ela tenha a possibilidade de desenvolver sua própria gravidez, realizando assim o sonho da maternidade.

As taxas de sucesso de uma Fertilização in Vitro dependem de fatores como: idade, reserva ovariana e condições do casal em geral.

Etapas de desenvolvimento dos embriões

– 1º dia de desenvolvimento: o embrião apresenta uma célula única, que já deve apresentar sinais de fertilização, como a presença de dois pró-núcleos;

– 2º dia de desenvolvimento: o embrião apresenta 4 células;

– 3º dia de desenvolvimento: o número de células sobe para 6 à 8 células;

– 4º dia de desenvolvimento: o embrião já contém em torno de 24 células. Esse estágio é chamado de mórula;

– A partir do 5º dia de desenvolvimento, o embrião deve atingir a fase de blastocisto, onde passa a apresentar mais de 100 células.

Os embriões em estágio de blastocisto possuem maiores chances de sucesso na implantação, pois o desenvolvimento embrionário acontece por mais dias em laboratório.

Os embriões que sobrevivem a esse estágio possuem mais chances de desenvolvimento natural.

PARA QUEM É INDICADO

HOMENS nas seguintes condições:

  • alterações seminais;
  • baixa concentração ou qualidade (motilidade e morfologia) de espermatozoides;
  • azoospermia;
  • pacientes vasectomizados.

MULHERES nas seguintes condições:

  • distúrbios da ovulação;
  • doenças genéticas;
  • infertilidade sem causa aparente;
  • casais homoafetivos.
  • baixa reserva ovariana;
  • obstrução ou distorção das tubas uterinas;
  • abortos de repetição;
  • endometriose;
  • distúrbios da ovulação;
  • doenças genéticas;
  • infertilidade sem causa aparente;
  • casais homoafetivos.
  • baixa reserva ovariana;
  • obstrução ou distorção das tubas uterinas;
  • abortos de repetição;
  • endometriose;

COMO FUNCIONA

A Fertilização in Vitro tem várias etapas. Confira a seguir.

1

ESTIMULAÇÃO OVARIANA E INDUÇÃO DA OVULAÇÃO

Com a administração de hormônios, a estimulação ovariana tem o objetivo de estimular o crescimento de um maior número de folículos durante um ciclo menstrual. O acompanhamento é feito com ultrassonografias seriadas e exames de dosagens hormonais, permitindo a avaliação do melhor momento para a coleta de óvulos. Quando comprovado o crescimento desses folículos, a paciente recebe uma injeção de hCG para desencadear a ovulação e o amadurecimento dos óvulos. Este processo dura de 10 a 12 dias.

2

ASPIRAÇÃO FOLICULAR (COLETA DE ÓVULOS)

A coleta de óvulos é realizada na própria clínica, sob sedação endovenosa. Um especialista realiza a aspiração do líquido folicular, que contém os óvulos, através de uma agulha acoplada a um aparelho de ultrassom transvaginal. Esse procedimento dura cerca de 15 minutos, no entanto, o casal deve permanecer cerca de 1 hora na clínica para concluir essa etapa.

3

COLETA DE ESPERMATOZOIDES

Simultaneamente à coleta de óvulos, o homem realiza a coleta dos espermatozoides, por meio de masturbação. Em alguns casos, é possível obter a amostra seminal com procedimentos cirúrgicos ou em bancos de sêmen. Para os casais em que o companheiro não pode estar presente no dia da aspiração folicular, é possível manter uma amostra seminal congelada ou resfriada, para ser utilizada no dia da aspiração folicular.

4

FECUNDAÇÃO DOS ÓVULOS

Após a coleta, óvulos e espermatozoides são enviados ao laboratório para serem avaliados e selecionados por um embriologista e um andrologista, respectivamente. A fertilização pode ser feita através da FIV clássica ou com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoide) e a escolha da técnica depende da avaliação de um embriologista. Na FIV clássica, óvulos e espermatozoides são colocados em uma placa de cultivo e espera-se que a fecundação aconteça naturalmente. Já na FIV com ICSI, o espermatozoide selecionado é injetado dentro do óvulo. Neste momento, destaca-se a importância de um laboratório de embriologia seguro e da precisão da técnica pelo embriologista responsável pelo caso.

5

CULTIVO DOS EMBRIÕES EM LABORATÓRIO

Essa etapa inicia-se no acompanhamento diário da evolução dos embriões, e termina quando eles são transferidos a fresco para o útero da paciente ou congelados. Os embriões que se desenvolvem ao longo do cultivo embrionário, que dura de 5 a 7 dias, passam por uma avaliação e seleção natural, e é durante este cultivo que o embrião chega ao estágio de blastocisto. O embrião em estágio de blastocisto tem mais chances de implantação após a transferência embrionária. E permite a avaliação de um maior número de células, quando existe a indicação da avaliação genética préimplantacional.

6

TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA

A transferência embrionária é realizada por um cateter guiado por ultrassom. O momento ideal para isso acontecer depende da avaliação médica e do desenvolvimento embrionário. Em alguns casos, existe a indicação de congelamento de embriões para transferência em outro ciclo, dependendo sempre de avaliação e conduta de um especialista. Todos os embriões viáveis excedentes que não foram transferidos para o útero devem ser congelados.
O número de embriões transferidos deve seguir a recomendação do CFM (Conselho Federal de Medicina):
a) mulheres com até 37 anos: até 2 embriões;
b) mulheres com mais de 37 anos: até 3 embriões;
c) em caso de embriões euploides (diagnóstico genético), até 2 embriões, independentemente da idade
d) nas situações de doação de óvulos, considera-se a idade da doadora no momento de sua coleta.

Minifertilização In Vitro (Mini FIV)

A Mini FIV é um tipo de Fertilização In Vitro que utiliza uma menor dose de medicamentos hormonais para estimulação da ovulação e, consequentemente apresenta uma menor quantidade de óvulos produzidos, coletados e fertilizados.

PARA QUEM É INDICADO?

A indicação da Mini FIV deve ser feita para casos específicos que dependem dos seguintes fatores:

  • idade da mulher e quantidade de óvulos;
  • idade do homem e sua quantidade de espermatozoides;
  • tipo de infertilidade existente.

É muito importante reforçar que a indicação de qualquer tratamento de reprodução assistida depende de avaliação individualizada do casal.

Importante: a realização do tratamento não é garantia de gravidez, devido a fatores biológicos, físicos e individuais de cada paciente.