A Fertilização In Vitro (FIV) é uma técnica em que seleciona os melhores gametas femininos e masculinos para que sejam fecundados em laboratório, com a finalidade de gerar embriões saudáveis. Após um breve desenvolvimento celular dos embriões em laboratório, estes são transferidos para o útero da mulher para que ela tenha a possibilidade de desenvolver sua própria gravidez, realizando assim o sonho da maternidade.
O método foi realizado com sucesso pela primeira vez na Inglaterra em 10 de novembro de 1977. No ano seguinte, o nascimento de Louise Brown foi uma sensação médica. Hoje, a terapia é um dos tratamentos padrão na medicina reprodutiva.
Em quais casos a fertilização in vitro é indicada?
Este tratamento é recomendado nos seguintes casos:
- Se ambas as trompas de falópio da mulher estiverem fechadas e o óvulo não for capaz de ser fertilizado; Ou nos casos de trompas enoveladas ou fixas, nas quais a trompa não é fechada, porém não apresenta uma boa funcionalidade.
- Quando a endometriose torna impossível a fertilização natural;
- Mulheres em idade avançada com baixa qualidade dos óvulos;
- Casais em que o homem tem baixa qualidade ou quantidade espermática (fator masculino moderado ou grave);
- Em casos de Azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen);
- Malformações dos órgãos genitais (testículos não descidos, varizes nos testículos, útero dividido);
- No caso de impotência ou infertilidade, por exemplo, como resultado de doenças anteriores (caxumba, câncer etc.);
- Casais com ISCA (infertilidade sem causa aparente);
- Para casais do mesmo sexo.
Como exatamente a fertilização in vitro funciona?
A fertilização consiste em algumas etapas, como vemos a seguir:
Estimulação hormonal
Primeiro de tudo, é preciso realizar um ultra som pela vagina, para observar se há qualquer presença de cistos no ovário. Se houver eles devem ser tratados primeiro. Caso não haja, normalmente usamos uma dose diária de hormônio que permite que um número maior de óvulos amadureça. Esta etapa dura de 10 a 12 dias até que a maioria dos óvulos amadureça. Nestes dias de aplicação das medicações, a paciente vem até a clínica para a realização de ultrassons com o objetivo de avaliar o crescimento dos folículos (as casinhas dos óvulos) e possíveis ajustes nas doses das medicações. Quando a maioria dos folículos tiverem entre 17 e 20 mm, procede-se a aspiração folicular para assim obtermos os óvulos.
Aspiração folicular (punção do óvulo)
A punção é realizada com o mesmo dispositivo de ultrassom, mas agora uma guia de agulha está presa a ele. Com uma agulha oca, o médico perfura os folículos nos ovários por meio da parede vaginal. O conteúdo aspirado destes folículos é então levado ao laboratório de fertilização in vitro, onde as nossas embriologistas observam quantos óvulos foram colhidos. O procedimento monitorado por ultrassom e normalmente feito sob sedação geralmente dura 10 a 15 minutos.
Coleta de espermatozóides
Paralelamente à recuperação do óvulo, o homem colhe seus espermatozóides normalmente por masturbação. Em casos bem específicos, a coleta de espermatozóides precisa ser realizada diretamente do testículo. Os espermas assim obtidos ficam disponíveis para fertilização.
Fertilização
Após a obtenção dos óvulos e espermatozóides como descrito acima, vamos proceder à fertilização, que pode ser feita de duas formas:
Fertilização in vitro convencional: é o procedimento em que os melhores espermatozoides e os melhores óvulos são selecionados por um embriologista e, na sequência, são colocados em um mesmo meio de cultura, para que o espermatozóide penetre no interior do óvulo de forma espontânea.
Fertilização in vitro – ICSI: a sofisticação da técnica de fertilização in vitro convencional é chamada de ICSI. Neste processo o espermatozóide é injetado dentro do óvulo pelas embriologistas por meio de micromanipuladores acoplados aos microscópios.
Transferência embrionária
Após a fertilização, os embriões passam um tempo em nosso laboratório, normalmente de 3 a 5 dias. Neste tempo, nossas embriologistas vão observar o desenvolvimento dos embriões, informando posteriormente aos pacientes a respeito da qualidade destes. Espera-se que aconteça um processo de seleção natural, em que alguns embriões se desenvolvem bem e outros nem tanto. Dos embriões que se desenvolveram bem, os que devem ir para a transferência são escolhidos. Neste procedimento indolor, o médico utiliza um tubo fino e flexível que é inserido através do colo do útero na cavidade uterina com o objetivo de levar os embriões escolhidos para o útero.
Teste de gravidez
Nove dias após a remoção dos óvulos, uma determinação do hormônio da gravidez (HCG) no sangue pode fornecer uma declaração confiável sobre o resultado do tratamento (teste de gravidez).
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